Após
anos de má gestão pública, o IHRU, devidamente mandatado pelo Governo da maioria PSD/CDS-PP, encontrou, repentinamente, no
decreto-lei nº 166/93 de 7 de Maio, que define a renda apoiada, uma
espécie de galinhas de ovos de ouro, que pudesse ser uma forma de
salvar e sustentar a má gestão pública do IHRU, baseada, nos elevados valores de renda apoiada dos moradores dos fogos de habitação social do
IHRU, com a aplicação da mesma renda apoiada. A lógica, seria a de que
teriam ser os arrendatários a suportar os custos de funcionamento do
IHRU, com as respectivas rendas milionárias da renda apoiada, num
verdadeiro golpe de assalto aos respectivos moradores.
Desde
o início da aplicação da renda apoiada pelo IHRU, nos seus
respectivos fogos de habitação social, o mesmo Instituto, através
dos seus diferentes departamentos, tem praticado diferentes acções
de intimidação sobre os respectivos moradores, que, na sua
generalidade, apresentam uma idade avançada e determinados problemas
de saúde, com o envio de cartas com ameaças de acções judiciais e
de despejo, inclusive pelo seu próprio presidente, que foi deputado na Assembleia da República, pelo PSD, entre 2000 e 2005.
Uma
vez que os respectivos moradores, interpuseram uma acção judicial,
junto do Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa, contra a
aplicação da renda apoiada pelo IHRU, o mesmo IHRU, tem sede de
vingança dos seus moradores que interpuseram as respectivas acções
judiciais.
Quando
os moradores dos fogos de habitação social do IHRU, tentam exercer
o seu direito de informação e de protesto, o mesmo Instituto,
responde aos respectivos moradores com declarações de dívidas e
juros a pagar que não existem e com ameaças de acções judiciais,
comportando-se como um agente financeiro que somente se preocupa com
o dinheiro dos moradores e não, como um Instituto de utilidade
pública, com finalidades de promoção de uma política de habitação
social.
Afinal de contas, o IHRU, apresenta, nos seus
quadros, pessoas, que vêm do tempo do ex-IGAPHE e que participaram,
em 2005, no processo desastroso de transferência do património do
Bairro dos Lóios e das Amendoeiras, localizados em Marvila, Lisboa,
para a Fundação D. Pedro IV e que ainda hoje, sentem repulsa pelos
respectivos moradores, devido ao facto de ter sido denunciada, na
altura, pelos moradores, a má e anti-social gestão da Fundação D.
Pedro IV e pelo respectivo património, ter sido revertido para o
Estado, através de uma decisão da Assembleia da República, em
Junho de 2007. Na realidade, a postura do IHRU, sobre os respectivos moradores de fogos
de habitação social, não é muito diferente do que foi o da
Fundação D. Pedro IV, entre 2005 e 2007, exercendo o mesmo tipo de " terrorismo social".