Por uma política de habitação justa por parte do IHRU e da gestão municipal



quarta-feira, 14 de julho de 2010

Bloco de Esquerda apresentou projecto de lei para a alteração da renda apoiada

O Bloco de Esquerda apresentou, no dia 9 de Julho de 2010, na Assembleia da República, um projecto de lei, com o objectivo de alteração do decreto-lei nº 166/93 de 7 de Maio, que define a renda apoiada.

Entre as alterações propostas pelo respectivo projecto de lei, destaca-se o cálculo do valor da renda com base nos rendimentos liquídos e não ilíquidos, com base no rendimento mensal corrigido per capita do agregado famíliar, bem como o valor de renda não ultrapassar os 15% do rendimento mensal líquido.

Destaca-se igualmente o asseguramento de realização de obras pela entidade locadora, a compensação por obras realizadas pelo arrendatário e a transmissão de contrato de arrendamento, de acordo com o previsto no artigo 1106º do código civil.

Este é assim, o quinto projecto de lei apresentado na Assembleia da República, com vista à alteração da renda apoiada, após já terem sido apresentados três projectos do PCP, um dos quais presentemente em fase de análise, e um outro do Bloco de Esquerda, para o regime de arrendamento social, que substituiria o decreto-lei nº 166/93 de 7 de Maio, que define a renda apoiada.

(...)


ALTERA O REGIME DE RENDA APOIADA PARA
UMA MAIOR JUSTIÇA SOCIAL
(PRIMEIRA ALTERAÇÃO AO DECRETO‐LEI N.º 166/93, DE 7 DE MAIO)

10 comentários:

  1. Mais uma iniciativa que tem como objectivo, a alteração da renda apoida.

    Já é claro para todos que a renda apoiada é injusta e que merece ser alterada.

    É lamentável que o PS e o PSD tenham, ao longo dos anos chumbado as propostas de alteração da renda apoiada.

    O PS e o PSD têm mantido os seus interesses em manter o regime de arrendamento da renda apoiada no estado em que se encontra, somente a pensar nos interesses economicistas orginados pelos altos valores de renda que este sistema de arrendamento proporciona, apesar das suas injustiças e lacunas.

    A habitação social é uma função que deve ser mantida pelo estado e não um negócio do estado.

    A habitação social não serve para se ter como objectivo, o lucro, mas sim, assegurar o direito à habitação aos cidadãos, um direito que se encontra consagrado no artigo 65º da Constituição da República Portuguesa.

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  2. Isto em Portugal tem sido assim.

    As leis anti-sociais que o PSD tem feito, têm sido usadas pelo PS.

    A renda apoiada é um bom exemplo deste tipo de "compadrio" político.

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  3. As várias tentativas de alteração do decreto-lei nº 166/93 de 7 de Maio, que define a renda apoiada são a prova de que o respectivo sistema de arrendamento é injusto e apresenta várias lacunas.

    Não somente o PCP e o Bloco de Esquerda, mas também o Provedor de Justiça, a Comissão de Inquilinos do Bairro dos Lóios e a Associação Tempo de Mudar do Bairro dos Lóios, bem como este Movimento contra a Renda Apoiada, em conjunção com os "Cidadãos por Lisboa", já solicitaram a alteração da renda apoiada.

    E até a Helena Roseta e o António Costa já vieram a público afirmar que a renda apoiada é injusta, sendo que o próprio presidente da Câmara de Lisboa, já solicitou, na Assembleia da República, a alteração da renda apoiada.


    Portanto, a Secretaria de Estado do Ordenamento do Território e das Cidades, não pode continuar a ignorar que a renda apoiada é injusta e que deve ser alterada.

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  4. Pois é amgios...
    Sem querer fazer qualquer campanha partidária, até porque para mim, são todos iguais, votem novamente nestes aldrabões!?

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  5. Parece que tudo está bem no reino...mas é necessário os moradores continuarem atentos, porque foram estes mesmos partidos que durante estes anos todos se "esqueceram" de os moradores dos chamados bairros sociais.
    Neste momento com a luta desencadeada pelos moradores contra a renda apoiada, mudaram de agulha...é bom..mas cuidado, nada de distrações.
    O objectivo dos moradores nesta luta é contra as ditas rendas e não a feitura de remendos, claro é necessário um novo regulamento, mas é fundamental afirmar bem alto que qualquer cidadão no nosso país tem direito a uma habitação condigna, não é favor nenhum do Estado.
    Viva a luta justa contra as Rendas apoiadas!

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  6. Não somente, a Secretaria de Estado do Ordenamento do Território e das Cidades, não pode continuar a ignorar que a renda apoiada é injusta e que deve ser alterada, mas também, a própria Assembleida da República, não o pode continuar a ignorar.

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  7. Realmente parece que esta luta se foi transformando. Como diz um dos comentários aqui postados, agora luta-se por remendos e não pela não aplicação desta çei injusta e que vai tão somente, prejudicar os moradores e encher os bolsos destes senhores que os ignoram.

    É triste que assim seja.

    Há que lutar sim, mas pela não aplicação e não por ajustes e remendos como se está a fazer!

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  8. Efectivamente, os direitos dos moradores em habitação social, são um direito dos mesmos e não um favor que o estado está a fazer aos moradores.

    Os cidadãos pagam os seus impostos e cumprem com as suas obrigações e o estado tem de cumprir com a sua parte.

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