Por uma política de habitação justa por parte do IHRU e da gestão municipal



segunda-feira, 4 de abril de 2022

Programa do Governo entregue na AR: o que diz sobre a habitação?

 

Programa do XXIII Governo Constitucional foi aprovado e já chegou à Assembleia da República. Será agora discutido no Parlamento. 

(...)

 

Idealista/News, 1 de Abril de 2022

2 comentários:

  1. A habitação pública em Portugal, representa apenas 2% do parque habitacional que existe em Portugal.

    Durante décadas, a política de habitação em Portugal, resumiu-se aos interesses das construtoras e da banca e presentemente, a habitação encontra-se dominada pelos interesses das imobiliárias.

    Somente o Estado pode dar resposta aos graves problemas habitacionais que existem em Portugal, facto que tanto o PS como o PSD no exercício da Governação desprezaram durante décadas.

    O PS tem neste momento, uma oportunidade para melhorar a política de habitação em Portugal e uma oportunidade para aumentar significativamente o respectivo parque habitacional público.

    Iremos ver se este Governo, será mais uma nulidade em termos de política de habitação, como foram os anteriores governos ou se irá efectivamente, melhorar o sector da habitação em Portugal.

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  2. Na realidade, não se visualiza, no programa do Governo, nenhuma referência à construção de mais habitação social, sendo que a construção de habitação social, não é uma competência exclusiva das câmaras municipais, mas, igualmente do Governo.

    Em função dos desequilíbrios que se têm verificado no sector da habitação em Portugal, somente a construção de mais habitação social, poderá contribuir para reequilibrar o mesmo sector.

    No entanto, o Governo, mantém a sua aposta e a sua prioridade no "arrendamento acessível", que por si, não é suficiente para resolver os problemas da habitação em Portugal.

    O arrendamento acessível, distingue-se do arrendamento em habitação social, por ser dirigido às classes médias e não, às mais desfavorecidas.

    Além do mais, o arrendamento acessível, não contempla os rendimentos médios-baixos dos agregados familiares para efeitos de atribuição de habitação, mas, sim, os rendimentos médios, deixando de fora, muitos agregados familiares para efeitos de atribuição de habitação.

    O Governo, ao não apostar na construção de mais habitação social, encontra-se assim, a não resolver os verdadeiros problemas da habitação em Portugal, continuando, na realidade, a valorizar a perspectiva economicista da habitação e continuando a não proporcionar verdadeiras soluções habitacionais para os que mais precisam de habitação.

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